Segurança da Informação: driblando a escassez de mão de obra
Diante do crescimento das ameaças digitais e do ritmo das inovações nos campos da computação e da tecnologia da informação, o profissional de TI tem um papel essencial na garantia da segurança da informação.
A maior parte dos empregos vinculados ao setor de tecnologia se encontra sob alta valorização. Mas isso não quer dizer que encontrar a mão de obra certa para a vaga desejada seja fácil.
Pensando no no Dia Internacional da Segurança da Informação, em 30 de novembro, data que reforça a importância da segurança e privacidade, bem como alerta para os perigos que um computador desprotegido corre, resolvemos falar mais sobre os desafios da segurança da informação nesse cenário de crescimento.
Alta procura x Escassez de mão de obra qualificada
Mesmo havendo muitas pessoas em busca de uma recolocação profissional – ou do primeiro emprego – em alguns setores, os empregadores encontram dificuldades para preencher certas vagas. Os setores de tecnologia e segurança da informação são um exemplo disso.
O Indeed, site que auxilia na busca por empregos, fez um ranking com os dez empregos mais difíceis de serem preenchidos. O levantamento teve como base dados do site do próprio Indeed, além de outros sites de busca por empregos, sendo consideradas oportunidades abertas por mais de 60 dias (de março a setembro/2019).
A pesquisa mostrou que 70% das vagas que têm dificuldade de serem preenchidas estão no setor de tecnologia. Completam a listagem vagas que acompanham o crescimento do segmento imobiliário e do setor de recursos humanos.
Mas acredite: 7 das 10 vagas são ligadas à tecnologia. Em primeiro lugar está o Analista de Segurança da Informação. Além disso estão listados outras profissões como Analista de Banco de Dados, Analista de BI, Webmaster, Programador / Desenvolvedor Web e Analista de Desenvolvimento de Sistemas.
Para medir a dificuldade da contratação, a pesquisa analisou fatores como a relação entre um maior número de vagas do que dos profissionais que a procuram, a falta de qualificação profissional e a incompatibilidade com as condições de trabalho oferecidas, tais como remuneração, carga horária, entre outras.
Papel estratégico do Profissional de TI
O profissional de TI é peça fundamental de todo o processo de estruturação de dados e segurança da informação dentro de uma empresa que lida com ativos digitais.
Muitas vezes o gerente ou analista de TI só é lembrado em caso de problema – e logo tem de providenciar a solução. Mas na verdade o setor de Tecnologia da Informação é parte integrante do corpo estratégico da empresa e, por isso, deve ser valorizado.
A rotina de trabalho em TI envolve a busca pelo equilíbrio entre a tratativa com pessoas, a gestão de processos e a aplicação de tecnologias. E nos tempos atuais, em que o Brasil está avançando na elaboração de normas de proteção e gestão de dados – como LGPD e BACEN 4.658 -, dar atenção ao setor de TI se tornou fator crucial.
Mas não é apenas a adequação que deve ser considerada. Uma politica de segurança da informação em prol da proteção dos dados, o setor de Tecnologia da Informação passou a ter papel ainda mais estratégico dentro das organizações.
Sempre antenado às novidades, totalmente conectado ao mundo digital e suas tendências, esse colaborador tem uma visão estratégica capaz de analisar gaps e possíveis riscos nos quais é preciso atuar – o que o leva a uma contínua qualificação e alinhamento com as tendências e novidades que beneficiam o setor.
Desafios do profissional de TI
Alguns desafios permeiam a rotina do setor, envolvendo seus colaboradores. Da sobrecarga de trabalho à responsabilidade de garantir a segurança da informação, é preciso cuidados para garantir o bem-estar.
Sobrecarga de trabalho e escassez de tempo
Por conta de sua posição estratégica, o colaborador do setor de TI, de uma forma ou de outra, sempre está ligado no trabalho.
A conexão, ainda que remota, é essencial para identificar uma eventual instabilidade ou risco. Ainda que o monitoramento aconteça de forma automática, qualquer notificação chegará sempre antes no setor de TI.
Essa espécie de onipresença é algo que toma tempo e compromete, por vezes, a vida pessoal. Aliar a rotina profissional à vida pessoal, inclusive, é um dos maiores desafios – principalmente aos profissionais de TI.
Gestão de Processos
A documentação de processos é uma das principais responsabilidades do setor de TI. Isso é fundamental para formalizar a política de segurança da empresa – ou seja, a forma com que a segurança dos dados é trabalhada, passo a passo, em prol da proteção e privacidade.
Uma vez formatado, inclusive, isso não quer dizer que o método não pode ser revisto. Em razão da constante evolução das tecnologias, os ciberataques também se atualizam, o que impulsiona a revisão constante de processos por parte do profissional de TI.
Lidando com a tecnologia
Tão importante quanto o processo documentado é a ferramenta que propicia a segurança da informação, impedindo que ameaças impactem o ambiente. Lidar com as tecnologias não é uma tarefa fácil, pois precede constante qualificação e atualização, seguindo as principais tendências do mercado.
Escolher um tipo de tecnologia para mitigar os riscos não exclui a necessidade de se manter antenado aos acontecimentos e novidades do mercado. Buscar a melhoria contínua e a eficácia dos processos é o principal objetivo de qualquer ciclo de inovação.
Mercado Competitivo
Um mercado com cada vez mais oportunidades, mas vagas difíceis de preencher por conta da necessidade de qualificação.
Os contrastes do mercado no setor de tecnologia são gritantes. O trabalho com tecnologia exige dos profissionais uma rara combinação de qualidades, entre o conhecimento de técnicas avançadas, educação especializada e um alto nível de conhecimento e visão estratégica.
De acordo com estudo recente da consultoria Deloitte, o setor de segurança cibernética deve abrir mais de 1,5 milhão de vagas no mercado a nível global. Contudo, a falta de profissionais qualificados é o maior empecilho.
A importância de pensar a Segurança da Informação
Não apenas em períodos de grandes compras, como a Black Friday, ou face a eventuais ataques e invasões em massa, como casos de phishing, a segurança da informação deve ser lembrada.
A inserção da tecnologia no fazer humano fez com que diversos aspectos da nossa vida, de compras a pagamentos, passando por transporte, alimentação, hospedagem e uma infinidade de coisas pudesse ser resolvida a partir de um computador ou celular.
O vínculo do humano com a tecnologia não é moda – muito menos um evento passageiro. É uma transformação que veio para ficar. E em troca de facilidades, ofertas e sistemas práticos de compra e procedimentos, as plataformas online nos exigem o compartilhamento de uma série de dados.
São aplicativos de carona, comida, streaming de música e vídeos, bancos online, centrais de investimento… Todas as soluções digitais nos pedem, ao menos, a confirmação de um e-mail e de nosso nome e data de nascimento.
Para alguns, compartilhar informações deste tipo pode parecer pouco nocivo. Mas diante do volume de dados compartilhados e transações que acontecem na rede, as ameaças podem ser grandes: do vazamento de informações ao sequestro de dados e ativos importantes, tais como o saldo bancário.
Além de dados e ativos da empresa, os ataques digitais podem colocar em jogo também a sua reputação. Independentemente do porte, setor ou valor, qualquer empresa ou usuário está sujeito a sofrer um ataque cibernético.
A privacidade e segurança dos dados, por essa razão, vem sendo cada vez mais debatida. Isso porque as informações sigilosas, caindo em mãos criminosas, podem ocasionar muitos problemas, tanto para a organização como para a pessoa que tem suas informações violadas.
A tarefa de combater as ameaças digitais
Combater os ataques cibernéticos exige planejamento. Em primeiro lugar, realizar a gestão de riscos é mais complexo do que parece.
E além de um profissional qualificado, capaz de detectar eventuais falhas na segurança, é fundamental contar com um sistema de gerenciamento, diante do volume de dados que são analisados a todo momento.
Na gestão de riscos, tudo é realizado em quatro momentos distintos, envolvendo as etapas de identificar, classificar, solucionar e reduzir vulnerabilidades que coloquem redes e sistemas em risco.
Vulnerabilidades comuns de serem encontradas surgem a partir de servidores instáveis, senhas fracas e sistemas mal configurados. Essas brechas aumentam a ocorrência de vírus e outras ações maliciosas que podem acontecer por ação dos hackers.
Mas não é apenas graças a um deslize seu, como uma senha mal pensada, que podem invadir o sistema. Hoje em dia as ameaças virtuais estão cada vez mais sofisticadas.
Mesmo estando em compliance com as principais técnicas e normas de segurança, você ou sua empresa podem ser alvo de um ataque. Infelizmente, as exigências e padrões da indústria não tem sido suficientes para proteger, de forma eficaz, contra as novas formas de ataque virtual.
Por isso, a gestão de vulnerabilidades e um ciclo contínuo de aprimoramento da estrutura voltada à segurança da informação é o melhor caminho para monitorar, passo a passo, a saúde do sistema e identificar, de antemão, possíveis ameaças.
Os testes de invasão permitem validar a estratégia de segurança da informação, uma vez que questionam e testam, de formas varias, a efetividade do sistema de controle contra eventuais ataques de hackers.
Ao validar a eficácia da segurança do seu sistema, o teste de invasão se faz importante porque ajuda a repensar a estrutura voltada à segurança da informação, ajudando a focar melhor nas principais necessidades.
Dessa forma, é possível prevenir as ameaças antes que elas possam prejudicar o negócio, e avaliar qual o nível de vulnerabilidade e exposição do seu sistema frente as ameaças dos cibercriminosos.
Os testes de invasão também são ferramentas essenciais para atender requisitos de padrões da indústria como o PCI-DSS, ISO 27001 e vários outros que exigem conformidade de acordo com o mercado em que a empresa atua.
Na primeira edição do Relatório de Ameaças, produzido pela IBLISS em 2016, foi constatado que 95% das brechas correspondem a vulnerabilidades ligadas à infraestrutura do sistema. Os outros 5% correspondia a vulnerabilidades de aplicação.
É importante lembrar que quando falamos de testes de invasão, isso envolve a real simulação de algumas eventuais situações de ataque. Diante dessa proposta, os pentests, muitas vezes, podem inviabilizar o acesso a algum recurso do sistema organizacional que esteja envolvido no teste.
Mas é claro que, como todas as ações que visam o bem-estar da empresa, esse método de ratificar a segurança do sistema deve ser planejado com antecedência, alinhado com todos os envolvidos e realizado por profissionais especializados.
Como formar uma política de segurança da informação?
Quer saber como estabelecer uma política de segurança da informação eficaz? Aqui na IBLISS apostamos em um tripé sólido, capaz de dar suporte a qualquer estratégia que visa garantir a segurança dos processos.
Ele envolve pessoas, processos de trabalho e, claro, tecnologia. A segurança da informação deve se tornar mais do que uma prática dentro da empresa – uma cultura.
Por isso o primeiro pilar são as pessoas. Os colaboradores precisam incorporar esse zelo e cuidado quando o tema é a segurança da informação. É tarefa de todos se manterem atualizados sobre novas formas de ataque, novas estratégias de prevenção – e tudo que trabalhe em prol do sistema.
No entanto, como mencionamos no início, 7 das 10 profissões mais difíceis de serem preenchidas estão no setor de tecnologia. Como a falta de mão de obra qualificada acaba impactando uma política de segurança da informação? É um tema sob o qual devemos refletir.
Além da dificuldade em se obter essa mão de obra qualificada, o custo de manutenção do trabalhador acaba sendo alto para a empresa. É neste cenário de escassez de mão de obra e busca por reduzir os custos que, muitas vezes, as companhias acabam optando por soluções terceirizadas.
Com a proximidade do prazo final para atender aos requisitos da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a média de profissionais voltados à segurança da informação nas empresas tem aumentado, mesmo com as dificuldades de contratação.
E a demanda só tende a crescer, sobretudo em empresas cujas regulamentações exigem profissionais experientes – e com brevidade. Por essa razão, muitas companhias resolvem terceirizar o serviço e apostar em uma plataforma de gestão online.
A automatização da gestão de vulnerabilidades, alinhada aos objetivos da empresa, claro, é uma forma de gerenciar, de forma mais assertiva e eficaz, estratégias voltadas à privacidade dos dados.
Recorrer a soluções de gestão automatizadas também facilitam outro aspecto deste tripé: a coordenação dos processos. São eles que definem responsabilidades e atribuições, bem como denotam a postura da empresa frente ao tema da segurança da informação e gestão de vulnerabilidades.
Com os ciberataques em evolução, revisar e regular os processos de forma sazonal é fundamental. A rápida e constante atualização das plataformas de gestão automatizadas fazem com que o seu sistema possa responder as mais novas ameaças de forma eficaz.
Embora as medidas organizacionais sejam uma grande parte da política de segurança, os controles técnicos são igualmente essenciais. E com o suporte da tecnologia, coordenando plataformas de gestão online, é possível ampliar o alcance do controle e mitigar ainda mais os riscos atrelados à segurança da informação.
Veja abaixo alguns benefícios da gestão de riscos automatizada!
Abaixo listamos alguns benefícios que a integração entre o seu sistema e uma plataforma online de gestão pode trazer ao seu negócio.
Otimizações Frequentes
A IBLISS aposta em um ciclo de melhoria contínua para manter o código do seu sistema otimizado e livre das investidas maliciosas dos hackers.
Saiba: falhas que são descobertas e corrigidas ainda durante o processo de codificação, utilizando-se de apps de segurança, diminuem em cerca de seis vezes o custo, comparado ao diagnóstico de problemas detectados e solucionados apenas na fase de produção.
Testes variados
Ampliar a rotina de testes descobrindo novos indicativos e variáveis é uma forma de “sair da caixa” e explorar o sistema ao máximo para validar a estrutura de segurança.
Essa rotina diversificada é uma grande responsável por fortalecer o sistema de segurança dos aplicativos, que acabam sendo estressados a uma série de situações sob as quais é preciso conceder uma rápida resposta.
Varreduras frequentes
Apostar nas plataformas online também concede a você e sua empresa a garantia de varreduras frequentes em todo o sistema. Tudo coordenado e planejado previamente para não atravancar nem comprometer o ritmo de trabalho.
A rotina de varreduras frequentes possibilita a identificação, classificação e solução da falha antes que ela se torne realmente um problema. A prevenção nesses casos é o melhor caminho – conheça a plataforma GAT, nosso parceiro tecnológico para gestão integrada de segurança da informação e conformidade!
Soluções de segurança da IBLISS
A IBLISS está há uma década no mercado fornecendo soluções estratégicas para proteger o interesse de negócios e pessoas no meio digital. Abaixo vamos pontuar alguns serviços de segurança da informação para blindar seu e-commerce – inclusive em períodos de grandes compras.
Hacker as a Service
É um tipo de teste de invasão para avaliar a segurança do seu ambiente tecnológico, ajudando-o a manter o compliance com as principais normas e legislações que vigoram em torno da segurança.
Assim, tendo em mente as principais normativas do setor, é possível saber se o seu sistema requer ou não atualização – e em que nível.
O Hacker as a Service monitora, de forma unificada, todos os sistemas, o que facilita a gestão e as otimizações necessárias.
Nosso ideal de proteção de dados é pautado na gestão eficaz de vulnerabilidades.
Através de um mecanismo bem ajustado é possível identificar instabilidades de forma recorrente, a fim de classificar e catalogar as ocorrências e compor uma lista de prioridades para, daí sim, agir.
Com testes de invasão é possível validar a sua estrutura de segurança da informação e reconhecer, de forma antecipada, quais os gaps que precisam ser ajustados para blindar o sistema de qualquer ameaça – medida essencial em períodos de grandes compras.
A IBLISS entende o valor de todos os colaboradores que atuam em prol da segurança da informação e os valoriza.
Nesse sentido, visando ajudar em uma rotina tão puxada, elaboramos conteúdos que são úteis para a execução do trabalho – e você pode acessá-los na Universidade IBLISS e no Blog Minuto de Proteção.
Estamos à disposição para tirar todas as dúvidas sobre a maturidade digital do seu ambiente organizacional. Quer conversar sobre estratégias de segurança? Ou deseja saber um panorama da segurança cibernética do seu sistema agora?