Brasileiros vão a festival de tecnologia dos EUA em busca de exportação
16/03/2016 13h01
FERNANDA EZABELLA, ENVIADA ESPECIAL
AUSTIN, EUA (FOLHAPRESS) – Centenas de empresas do mundo todo participam do Trader Show do SXSW, que acontece no Centro de Convenções de Austin, incluindo 37 brasileiras, que foram convidadas através de uma parceria do festival com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Ao lado da França e do Japão, o Brasil tem um grande estande com start-ups de games, propaganda, produtoras de filmes e tecnologia. O diretor criativo Marcelo Pena Costa divulgava a Bike da Firma, uma plataforma de recompensa para quem usa bicicleta para ir ao trabalho.
Em fase de testes, o aplicativo tem algumas empresas cadastradas em São Paulo e deve ser lançado nos EUA no segundo semestre. Como exemplo, ele contou que a cada 20km rodados de bicicleta, o funcionário do Google no Brasil recebe um dia de folga.
Ao lado de Costa estava Leonardo Militelli, fundador a companhia de segurança cibernética iBliss, fundada em 2009 e com clientes como Embraer, Prudential e Allianz. “Viemos para o SXSW em busca de investidores, queremos exportar nossos serviços. Em dois dias, já falamos com dois investidores e um cliente em potencial”, disse Militelli.
“Segurança cibernética é bastante desenvolvida e respeitada no Brasil porque, você sabe, o brasileiro tem esta criatividade aguçada para fazer coisas erradas, dar um jeitinho. Então nosso diferencial no mercado é o nosso conhecimento vasto com crimes eletrônicos.”
A Apex-Brasil também trouxe para o SXSW sucessos nacionais do YouTube que viraram grandes negócios e querem exportar seus produtos, como a Galinha Pintadinha, lançada em 2006 e hoje com conteúdo em espanhol (Gallina Pintadita) e em inglês (Lottie Dottie Chicken).
A expectativa da agência, que participa do festival desde 2014, é gerar US$ 18 milhões em negócios, valor similar ao levantado pelas start-ups no ano passado.