Brasil tem prejuízo de R$ 40 bilhões com crime cibernético
Post do portal IT Web
Globalmente, cerca de um milhão de pessoas são afetadas diariamente por ataques. Veja riscos e oportunidades
O Brasil registra anualmente um prejuízo de R$ 40 bilhões com crimes cibernéticos. Segundo dados da F-Secure, o país sofreu com 400 mil ataques em 2011, 300% a mais do que em 2010. Em 2012, apenas no primeiro trimestre, o número de ataques já chegou a 87 mil.
Globalmente, um milhão de pessoas são afetadas por dia, o que gera um prejuízo anual de aproximadamente US$ 390 bilhões, valor maior do que o computado pelo tráfico de drogas.
Segundo Ascold Szymanskyj, vice-presidente de vendas e operações para América Latina, a tendência desses dados é aumentar, uma vez que a importância dos dispositivos móveis, como tablets e smartphones, cresce entre os usuários.
“Os vírus não visam mais a trazer problemas e sim retirar nosso dinheiro. Oitenta e cinco por cento deles são trojans (cavalos de Troia) camuflados que invadem o sistema operacional e o banco de memórias. Eles aparecem na forma de jogos com um código-fonte contaminado. Esses vírus farão ligações telefônicas para números premium uma vez por mês com tempo de cinco a dez segundos. Ou seja, o usuário paga porque acha que cometeu um erro na hora de ligar e não percebe o que está acontecendo”, explicou.
O executivo apontou que a explosão de tablets é real e que “ficamos cada vez mais dependentes desses dispositivos móveis”. Atualmente, segundo o IDC, 43% dos funcionários na América Latina já acessam dados corporativos por meio de smartphones e a tendência é que no Brasil o movimento de Bring Your Own Device (Byod) deve estar presente em 50% das empresas até o final deste ano.
Porém, além dos “perigos”, esse fenômeno traz oportunidades. “Tem o mercado de negócios no segmento de aplicativos para proteção de dados em dispositivos móveis, de melhorias nos processos de segurança e em VAS [serviço de valor agregado] para as operadoras de telecomunicações como principais prestadoras de serviços móveis. Há dez anos foi a vez dos computadores e hoje temos que nos preocupar com as entradas via dispositivos móveis”, finalizou.