Análise de Vulnerabilidade: porque ela é tão importante para a segurança da informação
Como o próprio nome sugere, análise de vulnerabilidade é um processo que existe para reconhecer, analisar e classificar falhas relacionadas à segurança de um ambiente. Com o resultado, é possível entender os pontos fracos na segurança cibernética, estabelecendo as medidas necessárias a serem implementadas para a segurança da informação em todo ambiente organizacional.
Nos dias atuais, com ataques cada vez mais sofisticados e frequentes, é preciso agir de modo proativo e, nesse sentido, a análise de vulnerabilidades é essencial. Por isso, ela será abordada de modo detalhado neste artigo.
Acompanhe e descubra porque a análise de vulnerabilidade é tão importante para a segurança da informação.
A Segurança da Informação na Era da Inovação
Na corrida da inovação, as ameaças à privacidade e à governança dos dados crescem proporcionalmente ao ritmo das novidades e descobertas tecnológicas.
A segurança da informação tem sido debatida frequentemente entre empresas e até mesmo em esfera governamental.
E hoje, diante das crescentes ameaças, e formas ainda mais avançadas de ataques de hackers e programas maliciosos, deixar de investir em segurança da informação significa colocar o futuro da empresa em jogo.
Não só por conta dos ativos que são manipulados, como dados e outros sistemas de informação fundamentais para os negócios, mas também por conta da reputação – que se vê manchada diante de uma eventual invasão que possa expor os dados e questionar os mecanismos da empresa em torno do aspecto da segurança.
A transformação digital impactou positivamente o surgimento de novos negócios que apostam na tecnologia como ferramenta para oferecer algum produto ou serviço inovador. E, por essa razão, conseguir se adaptar à gestão da tecnologia é estratégico para qualquer empresa que deseja se manter competitiva.
Ao realizar negócios no meio online, deve-se ter muito cuidado com o compartilhamento de informações, o armazenamento de dados e a movimentação de ativos da empresa em canais digitais. Isso porque as invasões podem acontecer a partir de diversas origens – e qualquer descuido pode ser fatal.
O acesso a uma conta de e-mail, a partir de diferentes computadores, por exemplo, já é o suficiente para que uma eventual invasão ao banco de dados possa acontecer.
Notícias sobre violação de dados são cada vez mais frequentes. E são inúmeras as ameaças digitais que podem colocar em risco o seu ambiente virtual e o armazenamento dos seus dados.
Ataques do tipo malwares e ransomwares colocam em risco os dados das organizações. O ransomware, especificamente, é do tipo que “sequestra” as informações de um sistema, criptografando-as em um primeiro momento e impedindo a visualização e o acesso por parte do proprietário.
Na sequência da ação, através da interface, o criminoso usa o vírus para entrar em contato com a vítima e exigir um resgate, em dinheiro ou até mesmo bitcoin – tipo de moeda virtual – para devolver as informações.
Qualquer empresa minimamente ativa na rede corre o risco de um ataque virtual. Basta uma conta de e-mail para estar sujeito a outro tipo de ataque muito comum: o phishing. Essa é a tática que criminosos usam para roubar dados que dão acesso à números de cartões de crédito, contas bancárias com suas respectivas senhas e outros dados pessoais e sensíveis.
Além de colocar em risco os dados da organização, esse tipo de ataque traz prejuízos econômicos e em termos de imagem.
Para grande parte das empresas do mundo que hoje operam na rede, a questão não é se ela irá se tornar uma vítima de ataques virtuais, mas sim quando – e como – esses ataques podem acontecer.
Análise de Vulnerabilidade e Segurança da Informação
Investimento em mão de obra especializada, equipamentos e incentivo à uma cultura da segurança. Esses são três dos passos que podem garantir a sua empresa uma maior estabilidade em termos de segurança da informação, conseguindo prever ataques e trabalhar mecanismos para coibir eventuais tentativas de invasão.
Com uma gestão de vulnerabilidades adequada é possível proteger os ativos de TI contra ataques orquestrados por cibercriminosos e que acarretam enormes prejuízos – financeiros e de imagem – às organizações.
Como dissemos no início deste post, a análise de vulnerabilidade, propriamente dita, refere-se a monitorar os principais ativos e canais que movimentam dados da empresa no digital, mapear fluxos e observar eventuais intercorrências. Em caso de qualquer episódio estranho, o sistema passa a tomar as devidas providências para proteger os ativos da empresa.
A análise de vulnerabilidade, assim como outras etapas que envolvem o cuidado com a privacidade dos dados, deve estar contemplada dentro da política de segurança da informação, espécie de cultura ou mindset que toda empresa deve desenvolver – e que se baseia no tripé “pessoas – processos – tecnologia”.
Essa política deve informar seus funcionários e usuários aprovados sobre suas responsabilidades para proteger os ativos de tecnologia e informações de sua empresa, criando assim um sentimento de responsabilidade comum, compartilhado entre todos, em torno dos cuidados necessários com a segurança da informação.
Algumas das questões que essa política deve abranger são:
- Tipo de informações comerciais que podem ser compartilhadas, em quais canais e de que forma;
- Uso aceitável de dispositivos e materiais online;
- Manuseio e armazenamento de material sensível.
O custo envolvendo algum incidente em torno da segurança da informação pode ser altíssimo – aqui incluído o prejuízo financeiro acarretado à reputação da empresa.
Posterior à análise de vulnerabilidade, a gestão de riscos envolve identificar, classificar, solucionar e reduzir tais vulnerabilidades que possam ocasionar prejuízo ao sistema, facilitando a incidência de vírus e outras formas de violação de dados.
Ao adotar a gestão de vulnerabilidades, problemas como spams e ransomwares — sequestro de informações —, contas inativas, senhas ruins ou sistemas desatualizados costumam ter sua incidência bem reduzida.
Nesse cenário de transformação constante é preciso analisar com cuidado quais os recursos internos da empresa e identificar, assim, os maiores riscos que ameaçam o sistema em particular.
Aplicar uma rotina de monitoramento contínuo dos sistemas, com inspeções regulares, é uma das formas de efetuar a análise de vulnerabilidades, acompanhando-as e identificando possíveis ocorrências.
Sistemas arcaicos ou obsoletos são um grande facilitador para a ação de hackers e usuários mal intencionados. Isso porque os sistemas antigos já não possuem as atualizações mais recentes em termos de antivírus e outros sistemas de proteção, ficando assim mais suscetíveis a ataques.
É o caso, por exemplo, do fim do suporte ao Windows 7 – previsto para janeiro de 2020 -, quando a assistência técnica e as atualizações do software do Windows Update, responsáveis por ajudar na proteção do computador que utiliza essa ferramenta, não estarão mais disponíveis para esse produto, gerando uma brecha de proteção.
Ainda que os cuidados com a segurança da informação sejam uma recomendação expressa por parte de muitos órgãos, inclusive já figurando em lei – confira no tópico a seguir mais informações sobre a Lei Geral de Proteção de Dados -, muitas empresas ainda não seguem estratégias de segurança personalizadas e aptas a atender as necessidades de proteção de seu ambiente (cada ambiente é único, sendo essencial pensar na segurança cibernética de modo específico e não utilizando uma proteção geral).
Segurança da Informação: decisão estratégica
A segurança da informação requer qualificação profissional, instrumentalização e compliance com as principais normas e regimentos do setor.
Cuidar da gestão da segurança da informação é uma decisão estratégica que vai impactar o andamento do seu negócio como um todo – da captação e prospecção de novos clientes, à gestão dos principais ativos e compartilhamento de informações.
Em outra oportunidade, falamos sobre 8 dicas para otimizar sua gestão de segurança da informação, que mostra como otimizar ou implementar processos para eliminar brechas em segurança e preparar as empresas para eventuais perigos digitais. Vale a pena conferir e descobrir como um monitoramento atento, a relação transparente com o cliente e avaliações regulares são formas de diminuir a incidência de ataques.
Ao começar a pensar na gestão da segurança da informação, grande parte das empresas cai em uma encruzilhada que envolve três aspectos: a adequação às normas de compliance, a grande oferta de produtos e serviços e a escassez de profissionais qualificados e realmente aptos a pensar a segurança digital de forma estratégica.
As empresas devem ficar um passo à frente da conformidade para garantir que mantenham a confiança do cliente e, nesse contexto, a atenção aos detalhes pode ser a diferença entre prosperidade e falência dos negócios digitais atuais.
Visando oferecer uma ótima experiência ao cliente – e permanecer competitiva – é preciso ter um plano efetivo de execução operacional. Esse esforço inclui dedicar tempo para criar uma estratégia abrangente de segurança da informação que ofereça proteção à privacidade de dados pessoais e corporativos, bem como a conformidade para preencher as lacunas que podem deixar um negócio facilmente exposto.
Com o risco de violações cada vez maior, e ataques cibernéticos ainda mais sofisticados e elaborados, as legislações surgem em escala global para fornecer diretrizes e moldes para políticas de segurança, além de sanções às empresas que desrespeitarem tais normas no tratamento e compartilhamento de dados.
Na Europa já vigora a GDPR, legislação que prevê multa de 20 milhões de euros, ou 4% do faturamento total, em caso de desrespeito às normas. Inspirada nessa lei do mercado comum europeu, em 2018 foi sancionada no Brasil a LGP, colocando nosso País entre aqueles que se preocupam com a proteção de dados de qualquer pessoa que utilize a internet.
Identificar possíveis ameaças, definir um setor e um profissional responsável pela privacidade dos dados, e manter um ciclo de gestão de controles e acessos deve passar a ser rotina para grande parte das empresas, nacionais ou multinacionais, que atuam e movimentam dados no Brasil.
Aderir às determinações da LGPD o quanto antes fará sua empresa garantir a governança e privacidade dos dados, evitando também implicações legais pelo desrespeito às normas voltadas à segurança cibernética.
A LGPD estabelece regras que garantem segurança no controle, coleta, armazenamento e transmissão de dados pessoais na rede. A lei ainda exige que a empresa consiga o consentimento do titular dos dados, fato que assegura a identificação e proteção dos informações em um banco de dados mais amplo.
Toda organização precisa se preparar para a Lei Geral de Proteção de Dados. Para facilitar, nossos especialistas prepararam um ebook bem completo que irá ajudar sua organização a se adequar à LGPD e reforçar os cuidados com a privacidade de dados – leia e garanta a segurança da informação em sua empresa!
Planejamento é peça fundamental para o sucesso da segurança da informação!
Pensar a segurança cibernética é uma decisão estratégica dentro da empresa. Não se refere apenas ao que está em jogo no momento, mas sim, refletir sobre o futuro das operações.
Os ataques cada vez mais elaborados, e o grande número de dados a disposição de forma crescente, faz com que a segurança cibernética seja uma necessidade – e um desafio – crescente em grande parte das empresas. A questão não é mais quando, mas sim como fazer essa adaptação.
Planejar essa adequação às novas normas requer tempo e envolve a identificação de riscos e a análise dos respectivos problemas encontrados até que, enfim, chegue a uma solução. Nesse contexto, os testes de invasão tem importância fundamental.
Testes de invasão, ou pentests, têm por objetivo explorar as vulnerabilidades de um sistema, simulando possíveis ataques para entender como o sistema responderia em uma situação real.
Como resultado da simulação, o teste encontrará os pontos falhos e suscetíveis a ataques que poderiam facilitar a ação de um hacker em condições reais. Diante deste resumo de instabilidades, fica mais fácil traçar um plano para contornar essas fraquezas e manter a privacidade dos dados intacta.
Especialistas, em geral, recomendam que os testes de invasão, ou pentests, sejam feitos anualmente para validar a estrutura de segurança cibernética da empresa e garantir que nenhuma brecha pode colocar o armazenamento dos ativos em risco.
A aplicação de teste de invasão exige grande conhecimento técnico e experiência, por isso, contar com a parceria de uma equipe experiente é essencial. A IBLISS possui expertise na aplicação de pentests, oferecendo as seguintes modalidades:
- Análise de Vulnerabilidades: Avaliação de todos os ativos da organização, classificando-os de acordo com seu valor e potencial impacto para o negócio, bem como identificando vulnerabilidades associadas a cada um. Como não inclui atividades manuais, exigem um nível médio de habilidade.
- Teste de Invasão Compliance PCI-DSS: Teste focado na identificação e validação de todas as vulnerabilidades dentro do escopo do PCI-DSS. Além do escaneamento e da validação de vulnerabilidades, inclui análises manuais, que exigem um alto nível de habilidade.
- Teste de Invasão Advanced: Além de identificar e explorar falhas de segurança, inclui atividades para testar aspectos relacionados à conscientização do usuário interno, como phishing e engenharia social (por telefone), tarefas manuais que também exigem um alto nível de expertise.
- Red Team: Realizado apenas localmente, tem como foco a modelagem de ameaças e, além das atividades inclusas na versão remota, inclui a execução de testes wireless e físicos, atividades manuais que também exigem profissionais experientes e com alto nível de expertise.
Testes de invasão permitem determinar o nível de exposição do ambiente, descobrir possíveis fraudes e prevenir ameaças cibernéticas antes que elas gerem danos ao negócio. Também são essenciais para atender requisitos de conformidade relacionados ao mercado em que a empresa atua.
Sabe-se que as formas de ataques maliciosos estão cada vez mais elaboradas. E por isso é imprescindível contar com o suporte de profissionais que estejam alinhados com tecnologias de ponta no mercado. Daí a importância de pensar na segurança da informação como um aspecto estratégico dentro da empresa.
Em virtude da importância dos pentests, a IBLISS desenvolveu o Guia de Testes de Invasão, com detalhes sobre esse recurso e, até mesmo, um teste online que orienta qual a melhor opção de pentest para sua empresa. Faça agora mesmo e descubra como tornar seus negócios ainda mais seguros!
Planejando o budget para segurança da informação
Planejar o investimento passa também por justificar e demonstrar qual sua prioridade. Como em qualquer decisão que depende de aprovação financeira, o gasto que for mais bem justificado tende a ser aprovado.
Um budget de segurança da informação é uma discussão que envolve os principais diretores e líderes tecnológicos da empresa, uma vez que deve levar em conta as ameaças, as fraquezas do atual sistema e as mudanças que podem ser implementadas.
A melhor forma de cristalizar uma boa receita para a segurança da informação é ter clareza do status atual da sua empresa em termos de segurança cibernética. Especialistas afirmam: a segurança da informação é um dos campos que as empresas mais devem investir nos próximos anos.
Eles reforçam ainda, que o budget deve ser distribuídos equitativamente entre a prevenção, a detecção e a resposta — já que não é possível conter todas as ameaças, mas é necessário saber como superá-las.
Um dos pontos que gera discussão é o retorno sobre o que foi gasto. O investimento em segurança pode trazer vários tipos de retorno, que podem ser financeiros, de imagem, adequação às normas e regulamentações, que caso não seja realizada acarreta um passivo em conformidade, melhorias no ambiente profissional e outras situações benéficas para a organização.
Para começar o planejamento do budget em segurança da informação é preciso pensar qual a previsão de crescimento da empresa para o próximo período e o que será necessário para que ela se mantenha tecnologicamente atualizada, competitiva e segura.
Outro ponto que deve ser considerado é acompanhar as tendências de mercado, identificando quais as que são realmente importantes para o bom funcionamento dos negócios, sem esquecer jamais da segurança cibernética necessária para acompanhar essa evolução tecnológica.
De fato, o planejamento do budget para segurança da informação possui muitos detalhes. Para simplificar e entender o ciclo dos dados, traçando um plano que atenda a suas necessidades e garanta um bom retorno a longo prazo, confira nosso artigo sobre planejamento de budget. Bem completo, ele vai te ajudar a elaborar um bom planejamento e defender sua verba voltada à segurança da informação.
Conclusão
De acordo com relatório apresentado pela Tenable – empresa de segurança digital americana – apenas 29% das organizações relatam ter visibilidade suficiente sobre sua superfície de ataque. Soma-se a isso o fato de haver escassez de pessoal qualificado para agir frente às ameaças (58% das empresas entrevistadas afirmaram a dificuldade em encontrar profissional capacitado) e está montado o cenário ideal para que as ameaças cibernéticas sejam um grande empecilho aos negócios.
Conhecer as vulnerabilidades e gerenciá-las é estratégico para qualquer empresa – independente do ramo e porte da organização, todas estão sujeitas a serem alvo de ataques. Mas não basta ter consciência das brechas em segurança, é preciso ter um plano que potencialize a segurança da informação.
É preciso, também, contar com parceiros qualificados e com expertise para elaborar a proteção ideal para sua organização. Trabalhar a segurança cibernética de modo personalizado é uma das características da IBLISS, empresa com mais de uma década de especialização na aplicação de testes de vulnerabilidades e soluções voltadas à proteção digital.
Para ter mais informações sobre segurança cibernética, acompanhe nosso blog e fique por dentro das novidades.
Também teremos grande satisfação em oferecer detalhes sobre nossos programas voltados à segurança cibernética. Por isso, se você deseja realizar uma análise de vulnerabilidade que ofereça informações para planejar a segurança da informação em seu ambiente, fale com nossos especialistas.