Gastos com segurança da informação devem chegar a US$ 101 bilhões em 2020
Dentro do cenário corporativo, muitas empresas justificam que não investem em segurança da informação por falta de orçamento. No entanto, pesquisas recentes demonstram que, companhias que não apostarem na proteção de seus dados e demais ativos digitais, correm o sério risco de arcar com gastos milionários para cobrir danos decorrentes de invasões e violação de dados.
Somente em 2016, a previsão é de que empresas do mundo inteiro gastem um valor recorde, totalizando US$ 73,3 milhões em medidas de segurança cibernética. Esses gastos foram uma projeção realizada por um estudo promovido pela IDC. A estimativa, segundo a pesquisa, é de que em 2020, esse número salte para US$ 101 bilhões, indicando uma taxa de crescimento anual de 8,3%.
Colocando as estatísticas em perspectiva, o estudo acaba concluindo que os gastos com segurança da informação chegam a representar o dobro dos gastos globais promovidos com TI que, da mesma forma, também devem aumentar nos próximos cinco anos.
Para onde vão os investimentos?
Segundo o estudo, boa parte do orçamento gasto com segurança da informação será direcionado aos serviços. Somente em 2016, 45% de todos os investimentos foram feitos em consultoria, integração de ferramentas e serviços relacionados, o que é uma boa notícia para o mercado, que tem potencial para gerar valorem em torno de US$ 13 bilhões.
Empresas do setor público e privado também devem investir pesado em softwares e ferramentas de proteção de endpoint, além de produtos voltados ao gerenciamento de vulnerabilidades e softwares de controle de acesso e identidade. Os gastos com segurança da informação, considerando essas ferramentas totalizam 75% dos gatos totais com softwares de segurança.
Em termos de hardware, os gastos chegarão a US$ 14 bilhões, impulsionados principalmente pelo aumento da procura de gerenciamento unificado de ameaças e sistemas voltados à análise de comportamento do usuário.
Cultura do medo
Grande parte do crescimento dos investimentos em segurança da informação parece ser motivado pelo medo. O clima de insegurança principalmente de organizações norte americanas é grande, especialmente depois da popularização das práticas de sequestro de dados e extorsão, decorrentes dos ransomwares.
A segurança da informação está deixando de ser uma preocupação secundária, destinada à áreas de suporte da empresa, para se tornar uma preocupação de executivos de alto escalão.
Muito embora os números apontados pelo IDC sejam 10% inferiores aos apontados pela Gartner, outra instituição de pesquisa renomada, os valores não deixam de apontar a que a preocupação com segurança vem indicando altos gastos para as empresas.
Cenário brasileiro
Tirando os olhos do cenário internacional, o Brasil também apresenta um panorama de atenção para a segurança da informação. O país é considerado um dos mais vulneráveis do mundo e possui prejuízos contabilizados em mais de R$ 4,31 milhões somente em 2015.
Segundo o Relatório de Ameaças 2016 da iBLISS, 70% das vulnerabilidades encontradas nos sistemas das empresas brasileiras podem causar danos significativos.Hoje 92% dos sistemas apresentam falhas de atualização que comprometem a segurança e 36% dessas vulnerabilidades expõem a rede a ataques de acesso remoto.
Investir em segurança da informação, diante do cenário mundial ou brasileiro, deixou de ser uma medida de prevenção de potenciais riscos, para refletir uma medida de prevenção de reais riscos. Voltando a questão inicial dos orçamentos das empresas, em termos de segurança da informação, nunca foi tão barato prevenir, perto dos custos de se remediar.
Quais medidas a sua empresa possui para garantir a segurança da informação? Quer saber mais sobre a questão da segurança da informação no Brasil? Não deixe de conferir o nosso Relatório de Ameaças clicando aqui.