Nova falha no Google Chrome
A história
Desde o lançamento do navegador Chrome, da Google, um de seus mais notáveis recursos de segurança era a sandbox. Para se ter uma ideia, o navegador foi o único que sobreviveu por três anos ao concurso Pwn2Own, em que os hackers participantes têm como objetivo explorar as falhas dos navegadores e sistemas operacionais.
A sandbox do Chrome deveria fazer com que todos os programas fossem executados em um ambiente restrito, sem acesso à memória, ao disco ou outros recursos do computador. Mas, no ano passado, a empresa francesa Vupen Security conseguiu quebrar a proteção sandbox do browser, revelando a primeira grande vulnerabilidade do Chrome (na versão 11.0.696.65).
A Vupen criou um código que faz com que o navegador baixe e execute um arquivo qualquer fora da sandbox. No caso, eles escolheram uma calculadora, mas poderia ser qualquer tipo de arquivo malicioso.
Assista ao vídeo que demonstra a falha sendo explorada pela Vupen
Na época, engenheiros de segurança da Google afirmaram que a Vupen usou uma vulnerabilidade encontrada no Adobe Flash para fazer a sandbox do Chrome falhar. Como o Flash está embutido em todas as instalações do Chrome, a descoberta deu origem a uma grande polêmica: Seria o Chrome vulnerável ou pelo fato de a falha estar especificamente no plugin da Adobe, o navegador do Google ainda poderia ser considerado seguro?
Chaouki Bekrar, chefe da pesquisa feita pela Vupen, elogiou o trabalho da equipe de segurança da Google. “O sandbox do Chrome é o mais seguro. Não é uma tarefa fácil criar um exploit para vencer todas as suas proteções. Posso dizer que o Chrome é um dos navegadores mais seguros disponíveis”. Mas defendeu que nenhum software é inviolável se houver suficiente motivação e habilidade por parte dos hackers.
Novas descobertas
Durante o Pwn2Own deste ano, no início de março, a Vupen hackeou, em menos de cinco minutos, a sandbox do Google Chrome. Sabendo que a Vupen já havia explorado os pontos fracos do Flash, a Google havia adicionado uma proteção específica para o plugin.
Quando perguntado se o código defeituoso veio da Adobe, Chaouki Bekrar disse: “Foi uma vulnerabilidade encontrada na instalação padrão do Chrome, portanto não importa se o código é de terceiros ou não”.
Dias depois, especialistas da empresa turca Arf Iskenderun Technologies divulgaram ter encontrado nova vulnerabilidade numa versão mais recente (17.0.963.78) do que a hackeada pela Vupen (17.0.963.66). Segundo a empresa, a vulnerabilidade persiste na versão atualizada do Chrome (17.0.963.79).
Neste vídeo, os especialistas turcos atacam a sandbox do Chrome na mesma versão hackeada pela Vupen
Neste outro vídeo, os especialistas da Arf Iskenderun Technologies hackeiam a versão 17.0.963.78, mais recente, do Chrome
Moral da história
A segurança deve ser feita em camadas. Não dá para confiar somente na segurança do navegador, de um aplicativo ou da rede. É necessário que todos controles de segurança estejam em harmonia para prover um nível de proteção satisfatório.
fontes:
TecnoBlog
TecnoBlog
Baboo Forum
The Hackers News
GMA News