Segurança Digital

Anonymous presos

Vinte e cinco suspeitos de envolvimento com o grupo de hackers ativistas Anonymous foram presos na Europa e América do Sul. As prisões efetuadas nesta terça-feira (28/02) na Argentina, Chile, Colômbia e Espanha, foram realizadas por órgãos policiais com o apoio de um grupo de especialistas em cibercrime da Interpol.

“As prisões vêm para mostrar que os crimes virtuais têm consequências reais para os envolvidos. A internet não pode ser vista como um refúgio para atividades criminosas”, disse o diretor de serviços policiais da Interpol, Bernd Rossbach, ao The Guardian.

A investigação, denominada pela Interpol como Operação Unmask, foi iniciada em meados de fevereiro e, além das prisões, também resultou em buscas em 15 cidades e na apreensão de 250 itens de equipamentos de informática e telefones celulares.

Os suspeitos detidos têm entre 16 e 40 anos e são acusados de planejar ataques cibernéticos contra instituições governamentais e corporativas, incluindo a companhia chilena de eletricidade Endesa, a Biblioteca Nacional do Chile, os sites da Presidência e do Ministério da Defesa da Colômbia, entre outros alvos.

Gerente de Operações do Anonymous preso na Espanha

Na manhã de terça-feira (28), a polícia da Espanha anunciou a prisão de quatro hackers que teriam ligação com os ataques a sites de partidos políticos espanhóis. Entre eles, estava o gerente de operações do Anonymous na Espanha e América Latina, que foi identificado apenas pelas iniciais e pelos apelidos “Thunder” e “Pacotron”.

Os quatros hackers são suspeitos de atacar os sites com deface (ataque que desconfigura a aparência e o conteúdo dos sites) e negação de serviço (saiba mais sobre ataques de negação de serviço DDoS), além de serem acusados pela polícia espanhola de divulgar dados pessoais sobre policiais designados para a proteção do Palácio Real e da família do Primeiro-Ministro da Espanha.

Após a prisão dos suspeitos, o site da Interpol foi atacado por simpatizantes do grupo e ficou fora do ar por alguns instantes. A Interpol, sediada em Lyon, na França, não tem poderes de prisão ou investigação, mas trabalha em conjunto com forças policiais de todo o mundo.

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Fontes
The Telegraph
O Globo
The Guardian

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